Portugal tem seus encantos emoldurados em Castelos Medievais localizados em lugares estratégicos. Venha explorar alguns Castelos do Alentejo e de Lisboa.
Localização estratégica, será??? Para falar a verdade, acho que a localização era escolhida pela beleza da região e não para defesa do território. Brincadeiras a parte, a escolha definitivamente deixou um legado cultural com paisagens fantásticas. Vou apresentar quatro dos castelos que explorei na região de Lisboa e Alentejo.1) Castelo de Marvão
Uma fortaleza bem preservada que guarda muita história. Localizado no Alentejo, na Serra do Mamede, está a 240km de Lisboa.Uma dica é ficar hospedado em Évora e aproveitar para explorar os Castelos dessa região.
Já fiz post sobre Évora com dicas de hospedagens.
Marvão é uma Praça fortíssima por natureza: construída sobre elevado e quase inacessíveis rochedos. O acesso o local é lindíssimo mas é necessário ter cuidado para subir a Serra. Confira o post completo sobre o vilarejo de Marvão.
Como visitar o castelo:
Comece a visita pela Cisterna, junto a entrada principal. É uma das maiores cisternas dos castelos portugueses, com cerca de 10 metros de altura e 46 de comprimento. Esta estrutura acumulava água para cerca de 6 meses, o que era essencial para que a Vila pudesse resistir a um cerco prolongado, pois no cume do monte, a quase 900m, não existia água disponível.
Siga pelo caminho principal, atravessando a segunda porta do primeiro recinto. Faça um desvio à direita e em frente à imponente torre da bandeira, avistará outra entrada para a cisterna. Á direita e atravessando a entrada da muralha, encontra-se um terreiro - o jogo da bola - que serve de cobertura à cisterna e que antigamente era um espaço de divertimento e recreio. Não deixe de subir na muralha e observar a vista.
Entre no primeiro recinto do castelo que é constituído pelas estruturas mais antigas, anteriores ao século XIV. Aqui poderá observar algumas construções como a casa da guarda, à esquerda ou o forno, à direita.
Avance pelo recinto no antigo pátio das armas e aproveite para ver a magnifica vista que pode desfrutar enquanto caminha. Suba às muralhas e faça o caminho da ronda, suba às torres (a torre da bandeira), entre nas guaritas e imagine que a segurança deste castelo e de todo um país depende do seu olhar atento sobre o horizonte. Incrível, não acha !!!!
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No centro da praça, outra cisterna, esta menor e que se assemelha a um poço. Existe, muito provavelmente, desde os tempo da ocupação muçulmana.
Avance pela estreita passagem entre as duas casa ao fundo e passando a antiga porta da traição do castelo, irá entrar em uma zona de baluartes, construídos a partir do século XVII e que permitiram o uso e manobra de artilharia mais pesada, como canhões. No baluarte da direita tem uma vista esplendida sobre parte da vila, Espanha (mais perto Valência de Alcântara, Cáceres a maior distância, mas também Albuquerque, entre outras localidades) e para toda a raia até a vista se perder na Serra da Estrela e na Serra da Lousã. A vista no baluarte da esquerda é dominada pela Serra de São Mamede, pelo Vale da Aramenha e pelo Vale da Escusa, que se estende até Castelo de Vide. Entre os dois baluartes existe outra porta da traição, que permitia a evacuação do castelo em caso de invasão. No entanto, dada a sua localização podemos dizer que esta fortaleza era praticamente inexpugnável.
Voltando ao pátio principal, poderá subir pelas escadas adossadas à parede à Torre de Menagem, a mais alta do castelo e aquela que seria mais difícil de tomar. Teria sido reconstruída pelos cristãos após a Reconquista. Tem apenas uma sala e não tem janelas, apenas estreitas seteiras verticais. A entrada na torre faz-se através de uma ponde de madeira, que antigamente poderia ser levantada de modo a isolar a torre para melhor a defender. A subida é ingrime e exigente todavia a vista é das mais deslumbrantes. Como disse José Saramago, na sua Viagem a Portugal, " de Marvão vê-se o Mundo", por isso vale a pena o esforço e a visita!
Fonte: Guia de visita do Castelo de Marvão distribuído na entrada.
2) Castelo de Arraiolos
Uma vila que cresceu na encosta do seu castelo é conhecida pelos tapetes bordados, únicos em todo o mundo. Patrimônio cultural que se confunde com a história do território.
Localizado a 125km de Lisboa e praticamente do lado de Évora, foi edificado no século XIV por ordem de D. Dinis. Domina toda a paisagem, com uma bela panorâmica sobre a vila e Vale de Flores. A singular muralha elíptica, bem conservada, acompanha as curvas da colina. A vila nasceu dentro dentro das muralhas e apesar dos esforços do Rei D. Fernando para confinar a população no interior do monumento, ainda no século XIV as casas foram sendo abandonadas para dar lugar à vila que se desenvolveu na encosta sul.
Além da Torre de Menagem, faziam parte deste antigo castelo-paço os aposentos do alcaide, a casa da guarda e o pátio das armas.
Localizado a 125km de Lisboa e praticamente do lado de Évora, foi edificado no século XIV por ordem de D. Dinis. Domina toda a paisagem, com uma bela panorâmica sobre a vila e Vale de Flores. A singular muralha elíptica, bem conservada, acompanha as curvas da colina. A vila nasceu dentro dentro das muralhas e apesar dos esforços do Rei D. Fernando para confinar a população no interior do monumento, ainda no século XIV as casas foram sendo abandonadas para dar lugar à vila que se desenvolveu na encosta sul.
Além da Torre de Menagem, faziam parte deste antigo castelo-paço os aposentos do alcaide, a casa da guarda e o pátio das armas.
No interior, subsistem ruínas do Paço dos Alcaides, onde viveu D. Nuno Alvares Pereira de 1415 a 1423, e a igreja do Senhor Jesus dos Passos, renovada no século XIX.
Igreja do Senhor Jesus dos Passos é a antiga igreja Matriz da vila. Alvo de profunda restauração em 1870, guarda no interior uma bela abobada quinhentista e colunas com motivos manuelinos.
O Castelo de muralha circular, um dos únicos do mundo, é uma obra impressionante que foi habitado e gradualmente abandonado por se tratar de um local isolado e ventoso. Descendo ao centro histórico da vila, as casas ostentam fachadas caiadas com a tradicional barra azul.
Há inúmeras lojas de tapetes na cidade e a origem destes confunde-se com o próprio nascimento da vila. Escavações arqueogeológicas revelaram antigas tinas de tingir lã, sugerindo o início da produção antes do século XV.
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3) Castelo de São Jorge
O Castelo de São Jorge está localizado na zona nobre da antiga cidade medieval de Lisboa que era constituída pelo Castelo, vestígios do antigo Paço Real e parte de uma área residencial para elites.
Construída pelos muçulmanos em meados do século XI, a fortificação era o único reduto de defesa para as elites que viviam nessa região.
Após a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, em 1147, o Castelo de São Jorge conheceu o seu período áureo enquanto espaço cortesão. Os antigos edifícios da época islâmica foram adaptados e ampliados para acolher o rei, a Corte, o Bispo e instalar o arquivo real numa das torres do castelo. A partir do século XIII, o castelo foi transformado em paço real e era o local escolhido para recepção de personagens ilustres e festas.
Com a integração de Portugal na Coroa da Espanha em 1580, o castelo adquiriu um caráter funcional mais militar até início do século XX. Todavia após o terremoto de 1755, houve uma renovação com novas construções, escondendo-se as ruínas antigas. O século XIX foi marcado pelos quartéis que ocuparam o castelo.
Com as restaurações da década de 40, foi descoberto vestígios do antigo paço municipal e antigas construções foram resgatadas e o castelo adquiriu sua importância e é devolvido ao usufruto dos cidadãos.
Há muito o que visitar no Castelo, então prepare-se para uma descoberta de séculos de história, desde as primeiras ocupações antes do século XI até o restauro da década de 40.
Como visitar:
Passando pela bilheteria, está localizado o Jardim Romântico. Aproveite para apreciar a bela vista da cidade. O Castelo de São Jorge destaca-se do conjunto de miradouros de Lisboa pela vista fantástica e majestosa em virtude de sua excepcional localização.
Siga em direção ao castelo e passará pela cafeteria, toiletes, lojinha e a Exposição Permanente.
Todo o conjunto edificado onde se encontra hoje instalados a exposição, o café, o restaurante constitui a memoria mais significativa da antiga residencia real medieval. Na zona do Jardim Romântico e nos terraços é possível ver alguns elementos arquitetônicos que integravam a antiga residencia real. O paço real ficou muito destruído com o terremoto de lisboa de 1755.
Curiosidade: a ilustração da receção da Exposição Permanente, reprodução de um desenho do século XVI, é o testemunho mais expressivo do que era o Paço Municipal e a cidade de Lisboa antes do terremoto.
O castelo
Da época islâmica, foi estrategicamente construído na zona de mais difícil acesso ao topo da colina. Tinha como função albergar a guarnição militar e, em caso de cerco, as elites que viviam na alcáçova (a cidadela). Diferentemente de outros castelos da Europa, não tinha função de residencia.
Ainda hoje preserva 11 torres. Logo na entrada está localizada a Torre de Menagem, que é a torre mais importante do castelo, preparada para resistir a ataques mais violentos e servindo de posto de comendo.
Também na entrada está situada a Torre do Haver ou Torre do Tombo. Nela se guardou o tesouro real e o arquivo real e era o local que se tombavam documentos mais importantes do reino e ainda hoje designa o principal arquivo de Portugal. A partir de 1998 foi instalada a Câmara Escura, um equipamento que permite explorar minuciosamente vistas de Lisboa.
Do lado oposto a Torre de Menagem, está a Torre do Paço, assim designada por se encontrar próxima ao antigo Paço Real. Em meados do século XVI passa a integrar o Arquivo Real.
Outra torre importante é a Torre de São Lourenço, situada a meia encosta e ligada ao castelo por uma couraça, um elemento característico da arquitetura militar peninsular da época islâmica, garantia o acesso seguro a um poço situado fora do castelo ou a comunicação rápida com o exterior, em caso de cerco, permitindo a fuga ou entrada de reforços ou de abastecimento.
Na segunda praça encontra-se vestígios de antigas construções e uma cisterna. Nesse átrio, na muralha norte há a porta da traição, que permitia a entrada e saída de mensageiros secretos.
O acesso às torres e ao caminho da ronda é feito por três lanços de escadas adossados ao pano da muralha, um no primeiro átrio e dois no segundo.
Sítio Arqueológico
Conjunto de vestígios arqueológicos que testemunham três períodos significativos da história de Lisboa: 1) as primeiras ocupações conhecidas que remontam ao seculo VII a.C.; 2) os vestígios da zona residencial da época islâmica, da época da construção do castelo, de meados do século XI; 3) as ruínas da ultima residência palaciana da antiga alcáçova, destruída pelo terremoto de 1775.
Acesso:
Elétricos 12 e 28
Autocarro 37
Horário
De março a outubro das 09h as 21h
De Novembro a Fevereiro das 09h as 18h
Fechado: 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro
Para mais informações acesse aqui.
Fonte: encarte distribuído na entrada.
4) Castelo de Monsaraz
Considerada um autentico museu a céu aberto, Monsaraz é um dos povoados mais charmosos do Alentejo.
Com localização privilegiada, a 185km de Lisboa, proporciona uma vista panorâmica dos campos e do magnífico lago Alqueva.
Construído com pedraria irregular de granito e xisto, é um castelo como o que as crianças imaginam em seus contos de fadas, com suas imponentes muralhas protegendo o vilarejo.
Fundado após a conquista da vila pelos muçulmanos no século XIII, nos séculos seguintes a construção da cerca amuralhada acompanhou o crescimento da vila. A Guerra da Restauração no século XVII levou à criação de um novo sistema defensivo,
que transformou a vila numa das praças-fortes da fronteira e lhe deu a configuração atual.
Entrando pela Porta da Vila, a norte, sente-se de imediato a atmosfera única de Monsaraz, com suas ruas estreitas, calçadas de xisto que contrastam com o branco caiado das casas. A Casa do Juíz de Fora com fachada manuelina e portal gótico está localizada bem perto do local do estacionamento.
Vale a pena perder-se pelas ruas travessa estreitas, admirar as casas e quintais floridos, portais góticos e observar os lindos detalhes de cada construção.
Ao Sul está localizado o Castelo e sua Torre de Menagem lhe proporcionará uma vista espetacular da região. A sua posição estratégica permitia deletar o inimigo com antecedência através da comunicação visual.
O sistema defensivo de Monsaraz é considerado sob duas tecnologias e épocas distintas:
- Fortificação medieval: o castelo e a cintura de muralhas que surgem numa altura em que não existiam armas de fogo (séculos XII e XIV). Os panos de alvenaria soa verticais e bem altos, construídos em alvenaria de pedra irregular de xisto, com exceção nos cunhais e bases, em aparelho regular de silharia de granito.
- Fortificação seiscentista: construída essencialmente por baluartes do tipo Vauban, hipoteticamente atribuída a Nicolau de Langres e coroada a norte ´por uma obra avançada. Os progressos de artilharia obrigaram os engenheiros militares à substituição das altas muralhas dos castelos por obras de defesa menos aparentes e vulneráveis. Os panos de muralha são de uma espessura bastante superior, em alvenaria de xisto um pouco mais aparelhado. A aterragem de plataforma era feita através de compactação do solo.
Há muitos outras Castelos escondidos em Portugal, esses são apenas alguns que tive o privilegio de conhecer e compartilhar suas histórias e belezas.
Se conhece algum outro castelo em Portugal, deixe um comentário e conte sua experiência.
Leia mais:
- Top 10 coisas para conhecer em Évora
- Vilarejo de Marvão
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Dessa lista, só conheci o Castelo de São Jorge e posso dizer que realmente é imperdível. A vista do Rio Tejo e da cidade de Lisboa é linda.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirApesar de ser portuguesa, ainda não conheço os castelos de Marvão e Monsaraz. Suas dicas foram preciosas.
Obrigada por compartilhar.
Abraço
Ruthia
Adorei as dicas e a forma como vc as coloca, Tha. Muito detalhado e bem separado.
ResponderExcluirQto a Portugal, além dos lindos castelos (e da comida, claro) sabe o que mais amo lá, os mirantes! São demais, né?
Nossa... realmente esses castelos são lindos demais! Preciso conhecer Portugal urgentemente. Cada post que eu vejo me deixa com mais vontade ainda.
ResponderExcluirQueee lindos! Quero ir em todos. hahaha! Não vejo a hora de visitar Portugal. Obrigada pelas dicas!
ResponderExcluirLista muito interessante. Castelos sempre despertam a curiosidade de um viajante.
ResponderExcluircastelos bem diferentes do que estamos acostumados a ver ne (tipo os alemães com torres e mais verticais). gostei muito da vista do Castelo de São Jorge! portugal tem tanta coisa linda!
ResponderExcluirOlá Tha! Muito bom este artigo temático sobre castelos. Eu infelizmente ainda nãp conheço os castelos de Arraiolos e de Monsaraz. Adorei o de Marvão e o Castelo de S. Jorge proporciona umas vistas fabulosas sobre Lisboa mas achei o preço do bilhete exagerado. Um abraço.
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