Localizada a aproximadamente 180km de Mendoza, a Puente del Inca é uma atração turística em destaque de quem faz o passeio da Alta Montanha ou do viajante que cruza a Cordilheira dos Andes. Situada perto da entrada principal do Parque Provincial Aconcágua há 2719 metros do nível do mar.
Um cenário deslumbrante e surreal com a Cordilheira dos Andes emoldurando uma criação rochosa de coloração amarelo-alaranjada e as ruínas de um SPA Termal de luxo do início do século passado é o início de uma jornada a um lugar único.
Localizada a aproximadamente 180km de Mendoza, a Puente del Inca se transformou em uma das atrações turísticas em destaque de quem faz o passeio da Alta Montanha ou do viajante que cruza a Cordilheira dos Andes, que foi o meu caso.
Atualmente é uma área natural protegida situada perto da entrada principal do Parque Provincial Aconcágua há 2719 metros do nível do mar.
É uma ponte rochosa natural, constituída por substâncias minerais e algas, formada pela erosão e pelo recuo das geleiras embaixo da qual emanam águas termais as margens do Rio Las Cuevas, com propriedades minerais curativas.
Esta curiosidade geomorfológica com uma peculiar formação natural já era conhecida desde os tempos precolombinos pelos habitantes do império Inca e já foi objeto de estudo de Charles Darwin.
Tem cerca de 48 metros de comprimento, 28 de largura e 8 de espessura, suspensa a 27 metros acima do rio.
As águas termais surgem com temperaturas entre 34 e 38 graus Celsius e possuem grande concentração de sais minerais e dióxido de carbono, o que ocasionam a coloração ocre das superfícies em contato prolongado com as águas termais.
A temperatura da água se atribui ao calor natural do subsolo. Na região existem várias falhas geológicas por onde as águas da chuva e do degelo se infiltram profundamente e se aquecem, voltando a superfície através de outras falhas devido a elevada pressão.
Diz a Lenda
Muito antes da chegada dos Espanhóis, um grande chefe Inca tinha um filho com paralisia infantil e sabendo do poder curativo das águas termais da região preparou um grupo com os guerreiros para essa expedição.
Todavia ao chegar no local, para chegar nas águas termais, tinha que cruzar o Rio, dessa forma seus guerreiros se abraçaram formando uma ponte humana para que o Chefe e seu filho cruzassem o rio.
Porém, após cruzar a ponte humana com seu filho nos braços, olhou para trás e seus guerreiros estavam petrificados e constituíam o que hoje é chamado de Puente del Inca.
A Origem
A origem do nome Puente del Inca pois era utilizada pelos Incas antes da conquista da América. Acredita-se que uma ponte de gelo foi formada milhares de anos atrás e após avalanches, as águas termais e o tempo solidificaram a formação.
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Explicações da origem:
1) Antiga Ponte de Gelo
Durante períodos de grandes nevascas há muitos avalanches que podem formar pontes de gelo que em certas condições dão origem a formação de pontes naturais temporárias.
A parte superior da ponte geralmente recebe materiais rochosos que vão cobrindo a ponte de gelo e a medida que o gelo derrete, os materiais depositados vão se concentrando formando camadas de rochas soltas que podem durar anos.
A Punte del Inca teria originado de uma velha ponte de gelo no período pós glacial, mas ao contrário de outras pontes temporárias, os sais transportados e depositados por águas termais haviam cimentado as rochas que se acumularam sobre a ponte de gelo, facilitando a sua sustentabilidade depois que o gelo é derretido.
2) Derretimento do Aconcágua
Há 14 mil anos, grandes avalanches do cerro Aconcágua geraram imensos fluxos de rochas gelo que em grande velocidade cobriram parte do Valle do Rio Cuervas. Todo material represou temporariamente o Rio, dando origem a um lago.
A redução do fluxo da água do rio diminui a dispersão dos sais na área das fontes termais beneficiando a fundação e desenvolvimento da crosta mineral.
Com o tempo o rio foi restabelecendo seu curso, todavia devido a espessura da crosta mineral e a presença de cavernas, o rio foi tomando rumo embaixo da crosta, iniciando a formação da ponte natural.
O Hotel
No final do século XIX foi autorizada a construção do balneário. Em 1902 a estrada de ferro Ferrocarril Trasandino impulsionou o lugar chegando na Inglaterra comentários sobre o balneário e suas propriedades terapêuticas, fazendo com que em 1910 o estabelecimento fosse adquirido pela Compañia Hotelera Sudamericana, de origem inglesa.
Em 1917 começou a construção de um luxuoso hotel com capacidade para 100 pessoas com salas de músicas, cinema, sala de jogos e quadras de tênis e croquet. O SPA de luxo era frequentado por celebridades e pela alta sociedade da época.
Em 1965 uma avalanche vinda do Cerro Banderitas Sur causou danos à estrutura do hotel, que foi abandonado pela Compañia inglesa.
Restou apenas ruínas e uma igrejinha, tornando a paisagem local interessante e lindamente apreciável.
Infelizmente, ou felizmente, não pode mais atravessar a ponte e conhecer as ruínas. Digo infelizmente pois seria muito interessante chegar perto do lugar, todavia talvez o turismo destruísse o restante.
A Ponte e o Hotel
Até a construção do hotel a ponte constituía um sistema natural em equilíbrio. A captação de águas termais para os banhos e o desvio para uso diminuíram irrigação na ponte, causando a desencaminhamento e rachaduras da parte superior.
Simultaneamente, o trânsito de animais e veículos aceleram a erosão e iniciou a deterioração da estrutura.
O governo declarou a ponte "Zona Intangível" restringindo a circulação sobre ela. Vários órgãos técnicos realizaram estudos para buscar sua restauração e preservação. Estes estudos foram principalmente orientados para reativar a drenagem natural das águas termais sobre a ponte.
A Puente el Inca foi um dos primeiros locais na Cordilheira dos Andes a ser estudada do ponto de vista geológico. Charles Darwin foi o pioneiro em efetuar observações relacionadas com a estrutura e origem da Cordilheira. Isso ocorreu em 1835, quando cruzou a Cordilheira do Chile para Mendoza, fazendo o mesmo caminho que fiz e detalhei neste post.
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Como Chegar
Partindo do Chile: Saindo de Santiago siga pela Ruta 57 e depois pela Ruta 60, após cruzar a fronteira a estrada segue pela RN 7 na Argentina. O percurso é de aproximadamente 350km, sendo 180Km na RN 7.
Partindo de Mendoza siga pela Ruta 7 em direçao ao Chile.
O lugar onde o brando da neve, o azul do céu e o ocre das rochas se misturam formando um pedacinho peculiar do nosso planeta, digno de qualquer pintura e contemplação.
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